quinta-feira, 20 de maio de 2010

AMORES MAL RESOLVIDOS




Olhe para um lugar onde tenha muita gente: uma praia, num domingo de 40º,uma estação de metrô, a rua principal do centro da cidade.
Metade deste povo sofre de Dor de Cotovelo. Alguns trazem dores recentes,outros trazem uma dor de estimação, mas o certo é que grande parte desses
rostos anônimos tem um Amor Mal resolvido, uma paixão que não se evaporou completamente, mesmo que já estejam em outra relação.
Por que isso acontece?
Tenho uma teoria, ainda que eu seja, acima de tudo, menos teórico no assunto. Acho que as pessoas não gastam seu amor. Isso mesmo. Os amores que ficam nos assombrando não foram amores consumidos até o fim. Você sabe, o amor acaba.
É mentira dizer que Não. Uns acabam cedo, outros levam 10 ou 20 anos para terminar, talvez até mais. Mas um dia acaba e se transforma em outra coisa:
lembranças, amizade, parceira, parentesco, e essa transição não é dolorida se o amor for devorado até o fim.
Dor de Cotovelo é quando o amor é interrompido antes que se esgote.
O amor tem que ser vivenciado. Platonismo funciona em novela, mas na vida real demanda muita energia sem falar do tempo que ninguém tem para esperar.
E tem que ser vivido em sua totalidade. É preciso passar por todas as etapas: atração-paixão-amor-convivência-amizade-tédio-fim.
Como já foi dito, este trajeto do amor pode ser percorrido em algumas
semanas ou durar muitos anos. Mas é importante que transcorra de ponta a ponta, senão sobra lugar para fantasias, idealizações, enfim, tudo aquilo que nos empaca a vida e nos impede de estarmos abertos para novos amores.
Se o amor foi interrompido sem ter atingido o fundo do pote, ficamos
imaginando as múltiplas possibilidades de continuidade, tudo o que a gente poderia ter dito e não disse, feito e não fez
Gaste seu amor.
Usufrua-o até o fim.
Enfrente os bons e maus momentos.
Passe por tudo que tiver que passar, não se economize!
Sinta todos os sabores que o amor tem, desde o adocicado do início até o amargo do fim, mas não saia da história na metade.
Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo, fechando o próprio
ciclo.
Isso é que libera a gente para Ser Feliz Novamente.
"Não quero ser uma coisa nova em sua vida e envelhecer quando anoitecer o dia. Quero dobrar as esquinas do seu mundo, e, ao partir, deixar sensação de que nunca fui embora..."

Arnaldo Jabor

domingo, 2 de maio de 2010

Competentes Perplexos

Vivemos tempos difíceis.
Tempos de desafetos constantes, de desamor, de violência na família e na empresa.
Tempos em que esse capitalismo massacrante tem comido as dignidades humanas pela raiz.
O que sobra?
Desempregados , competentes e perplexos com a crescente competitividade que os afoga no mar de atitudes ambiciosas e malditas de seus competidores (que deveriam ser colaboradores) de pouco caráter e competência,que se seguram no saco do patrão ou do chefe como se fora o corrimão do sucesso.Ledo engano!
Quanto profissional de valor sendo jogado de lado! Quantos despreparados cavando seus espaços!
Sobrevivem na empresa, apenas os que nada realizam pois a ninguém incomodam com sua passividade.
Sobrevivem os amigos dos donos ou os de seus familiares que só fazem apoiar os patrões seguindo-os á risca sem jamais contradizê-los no sentido de mostrar-lhes os caminhos que acreditam ser o melhor para os objetivos do empreendimento.
E assim muitos mantêm os mesmismos catatônicos que afogam toda ânsia de crescimento dos idealistas, caracteristicamente impacientes, sempre procurando os melhores resultados.
Carecemos perceber e acreditar mais nas pessoas com dons e talentos!!
Carecemos poupar energia, tempo e dinheiro.
Precisamos ousar com o talento e a competência dos que provarem ser capazes.
Vivemos tempos difíceis que exigem ações rápidas e inteligentes,principalmente no maior dos investimentos,os recursos humanos.
Felizes os capitães de empresa que prezam seus talentos e os fidelizam como jóias raras.
Investem pesado neles pois sabem que terão retorno certo e dobrado.
O melhor de todos os retornos será o de uma atitude ética na relação com seus colaboradores que ficará impressa em sua imagem.
Deveríamos pensar mais em agregar o valor intrínseco ás pessoas, atualmente,tão banalizadas.
Maio de 2010
Maria Rita da Silveira Bernardi